Antes de tudo é necessário esclarecer que quando me refiro à "igreja saudável" não estou fazendo marketing de nenhum método de administração e crescimento de igreja. Digo isso porque, frequentemente, tenho recebido convites e propagandas sobre congressos de "igrejas saudáveis". Considero isso, por si só, uma contradição e sinal de que estas não são igrejas saudáveis, pois não me parece humilde se autoproclamar saudável, dando a entender que outras não o são, somente porque não abraçaram tais métodos. Isso é tão arrogante, pretencioso e antibíblico quanto à afirmação católico-romana de que "fora da igreja (de Roma) não há salvação". Portanto, as "igrejas saudáveis" são mais uma mostra de que nossa igreja está doente.
Por outro lado, quando penso em igreja saudável não me refiro à uma igreja sem problemas. Igreja sem problemas é a Triunfante (a que está no céu), a nossa, Militante, terá que conviver, até o final, com as idiossincrasias de nossa natureza ambivalente, portanto, com nossas virturdes e defeitos, acertos e erros.
Igreja saudável, para mim, é aquela que encontramos no início do Livro dos Atos dos Apóstolos (no Novo Testamento, Bíblia. Em razão do analfabetismo bíblico em nossos tempos, infelizmente, precisamos fazer todas estas citações). Nos capítulos 2.42-47 e também 4.32-35 temos a descrição de como viviam aqueles que aderiam à mensagem dos apóstolos. Ali está o modelo de uma igreja saudável! E isso não é utopia, pois foi possível naquele tempo e em muitas partes do mundo algumas comunidades cristãs tem revivido aquela realidade ao longo da história da igreja, inclusive em nosso tempo.
O que caracterizava a comunidade de Jerusalém como uma comunidade saudável era, portanto: 1) A permanência no ensino dos apóstolos - aqui estamos pensando em Pedro, Tiago, João, etc. É bom dizer isso porque em nossos tempos temos visto muitas "igrejas apostólicas" que pregam um evangelho diferente daquele dos apóstolos bíblicos, neo-testamentários; 2) Integração - era uma igreja que integrava e caminhava em comunhão, observando, juntos, os preceitos da celebração da Ceia do Senhor e da prática da oração comunitária; 3) Temor - havia um senso muito grande naqueles irmãos da presença de Deus. Isto fazia com que andassem em santidade de vida. Talvez o que mais tem contribuído para a decadência de nossas igrejas, seja a falta de temor à Deus; 4) Manifestações do Poder de Deus - eu não tenho nenhum problema em crer que quando a igreja vive neste ambiente exposto em Atos, o poder Deus para curar, revelar o oculto, punir os dissimulados, etc., irá se manifestar "naturalmente" e isso de maneira muito objetiva. Isso que vemos na televisão, de modo geral, é manipulação barata dos ouvintes. É psicologia de massa associada as técnicas da neurolinguística baixa e não manifestação do poder de Deus; 5) Unidade e solidariedade - aqueles irmãos possuíam um grande senso de corpo, de integridade. Entendiam que o problema de um era o problema de todos, por esta razão, procuravam suprir uns aos outros em suas necessidades. A igreja não estava procurando transformar o mundo, mas sim a vida daqueles que chegavam, que se integravam à comunidade. Por esta razão ela serviu de modelo e caía na graça do povo que a observava de fora. Que gente atraente e interessante! Assim eram percebidos pelos de fora.
Esse, para mim, é o modelo que temos que perseguir. Infelizmente, nossos valores, hoje, são de outra natureza. Queremos ser uma igreja que cresce, talvez uma mega igreja, rica, com programa na televisão e com cd gravado ao vivo. Entretanto, como está a qualidade da vida de nossa igreja, internamente? A imagem que mostramos para os outros é extremamente maquiada, mas se alguém vier nos conhecer de perto, que impressão terá de nós? Será que temos revelado a graça de Jesus como corpo?
Como pastor de uma comunidade local meu desejo não é salvar o mundo e nem mesmo a vizinhança ao redor, mas é o de tornar minha comunidade sinal de salvação para os perdidos, para todos os que estão em busca de sentido para suas vidas. Meu desejo não é ter uma igreja grande, mas uma grande igreja, tal como a dos Atos, que revele no seu viver que o Senhor está, verdadeiramente, entre nós.
Esta é uma igreja saudável!
Que nisso o Senhor nos ajude!
Pr. Marco Antonio Monteiro Wanderley
Por outro lado, quando penso em igreja saudável não me refiro à uma igreja sem problemas. Igreja sem problemas é a Triunfante (a que está no céu), a nossa, Militante, terá que conviver, até o final, com as idiossincrasias de nossa natureza ambivalente, portanto, com nossas virturdes e defeitos, acertos e erros.
Igreja saudável, para mim, é aquela que encontramos no início do Livro dos Atos dos Apóstolos (no Novo Testamento, Bíblia. Em razão do analfabetismo bíblico em nossos tempos, infelizmente, precisamos fazer todas estas citações). Nos capítulos 2.42-47 e também 4.32-35 temos a descrição de como viviam aqueles que aderiam à mensagem dos apóstolos. Ali está o modelo de uma igreja saudável! E isso não é utopia, pois foi possível naquele tempo e em muitas partes do mundo algumas comunidades cristãs tem revivido aquela realidade ao longo da história da igreja, inclusive em nosso tempo.
O que caracterizava a comunidade de Jerusalém como uma comunidade saudável era, portanto: 1) A permanência no ensino dos apóstolos - aqui estamos pensando em Pedro, Tiago, João, etc. É bom dizer isso porque em nossos tempos temos visto muitas "igrejas apostólicas" que pregam um evangelho diferente daquele dos apóstolos bíblicos, neo-testamentários; 2) Integração - era uma igreja que integrava e caminhava em comunhão, observando, juntos, os preceitos da celebração da Ceia do Senhor e da prática da oração comunitária; 3) Temor - havia um senso muito grande naqueles irmãos da presença de Deus. Isto fazia com que andassem em santidade de vida. Talvez o que mais tem contribuído para a decadência de nossas igrejas, seja a falta de temor à Deus; 4) Manifestações do Poder de Deus - eu não tenho nenhum problema em crer que quando a igreja vive neste ambiente exposto em Atos, o poder Deus para curar, revelar o oculto, punir os dissimulados, etc., irá se manifestar "naturalmente" e isso de maneira muito objetiva. Isso que vemos na televisão, de modo geral, é manipulação barata dos ouvintes. É psicologia de massa associada as técnicas da neurolinguística baixa e não manifestação do poder de Deus; 5) Unidade e solidariedade - aqueles irmãos possuíam um grande senso de corpo, de integridade. Entendiam que o problema de um era o problema de todos, por esta razão, procuravam suprir uns aos outros em suas necessidades. A igreja não estava procurando transformar o mundo, mas sim a vida daqueles que chegavam, que se integravam à comunidade. Por esta razão ela serviu de modelo e caía na graça do povo que a observava de fora. Que gente atraente e interessante! Assim eram percebidos pelos de fora.
Esse, para mim, é o modelo que temos que perseguir. Infelizmente, nossos valores, hoje, são de outra natureza. Queremos ser uma igreja que cresce, talvez uma mega igreja, rica, com programa na televisão e com cd gravado ao vivo. Entretanto, como está a qualidade da vida de nossa igreja, internamente? A imagem que mostramos para os outros é extremamente maquiada, mas se alguém vier nos conhecer de perto, que impressão terá de nós? Será que temos revelado a graça de Jesus como corpo?
Como pastor de uma comunidade local meu desejo não é salvar o mundo e nem mesmo a vizinhança ao redor, mas é o de tornar minha comunidade sinal de salvação para os perdidos, para todos os que estão em busca de sentido para suas vidas. Meu desejo não é ter uma igreja grande, mas uma grande igreja, tal como a dos Atos, que revele no seu viver que o Senhor está, verdadeiramente, entre nós.
Esta é uma igreja saudável!
Que nisso o Senhor nos ajude!
Pr. Marco Antonio Monteiro Wanderley
Paz Pr. Marco!
ResponderExcluirInfelizmente os cinco tópicos citados por ti são substituídos por:
1)Permanência em novos ensinos ministrados pelos novos "apóstolos";
2)Alargamento da porta estreita, onde a integração passou a se chamar interação;
3)Ao invés de temor a Deus surge o medo dos apóstolos;
4)As manifestações do poder de Deus são substituídas pelas acrobacias exegéticas dos super pastores e apóstolos para furtar o povo leigo;
5)Crescimento e quantidade.
Enfim, a igreja saudável pode e deve ser vivida. Não é utopia. Pena que muitos preferem observar os tópicos pífios citados acima.
Abraços
É verdade, Júnior, mas vamos perseverar em nosso anonimato para que a verdadeira igreja continue brilhando por Cristo, nosso Senhor.
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