segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A igreja e a homossexualidade: repensando

Um dos grandes temas de nossa época, sem sombra de dúvidas é a questão da homossexualidade.

Tradicionalmente, a Igreja, com base em alguns textos bíblicos e em sua tradição, tem tratado esta questão como pecado e seus praticantes como os piores dos pecadores.

Entretanto, este problema está longe de ser uma questão do "mundo lá de fora", pois dentro da igreja existem inúmeros crentes que convivem com esta pulsão e não poucos de seus líderes tem-se revelado homossexuais.

Embora a igreja costume empurrar o problema para debaixo do tapete, favorecendo assim a hipocrisia e a mentira, e até pelo acúmulo da "sujeira" de todos estes anos, a questão está vazando por todos os lados e é inevitável, imprescindível e urgentemente necessária uma discussão ampla sobre o tema.

Para tanto, não basta somente abrir a Bíblia nos velhos e conhecidos textos. Precisamos ouvir a voz das ciências que estudam o comportamento humano e outras que possam contribuir para o enriquecimento e entendimento da questão.

Mais do que tudo, é mister ouvir os próprios membros de nossas igrejas que convivem com tais conflitos e sofrem preconceitos e dores tão insurportáveis que, não encontrando outra maneira de lidarem com suas pulsões, decidem por fim à própria vida. Tenho-me perguntado se Deus deseja isso, realmente.

Testemunhando o sofrimento de várias pessoas que vivem esta tensão e sofrem enormemente em razão de nossa posição, tenho orado, lido e ouvido à respeito e, creio, está na hora de colocar este tema na pauta de nossas discussões.

Abaixo, um vídeo para provocar nossa reflexão:

3 comentários:

  1. Marco,

    Compartilho a tristeza de, há tanto e ainda, testemunhar o mesmo erro cometido e incansavelmente repetido na igreja.

    Tristeza por ver o preconceito e o ódio travestidos de pureza e compromisso com a justiça. Apoiado numa interpertação preguiçosa, quando não tendenciosa das Escrituras.

    Acredito que não só é hora, como já passamos dela.

    Apelo pra que não seja apenas isolados e quase sem expressão os que se submeterão a esse diálogo.

    Grande abraço!

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  2. Obrigado, Felipe, por teu comentário. Perdoe-me a demora, mas é que somente agora estou retomando as atividades. De fato, gostaria de ver gente com mais expressão discutindo esta matéria, mas estes não querem colocar em risco sua reputação. Sendo assim, sobra para os "zé manés" da vida - meu caso - a angústia de não conseguir se calar contra o que é injusto, opressivo e destruidor. Grande abraço!

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