Sou uma bela obra de arquitetura. Quando os arquitetos e engenheiros me viram pronto, resultado de sua obra, sentiram-se orgulhosos e celebraram a perenidade de suas memórias em mim já que, estavam certos, eu sobrepujaria, em muito, a expectativa de vida deles.
A primeira congregação que ali se reuniu também se alegrou e festejou. Agora eles teriam um lugar aprazível e confortável para, juntos, celebrarem o culto dominical ao Senhor.
Por meu púlpito passaram grandes pregadores e bons pastores. Também passaram outros não tão bons, mas cada um deu sua contribuição na construção de minha história.
Gerações se sucederam em meus bancos. Testemunhei casamentos, batismos, cultos fúnebres e inúmeras celebrações de ações de graças.
Com o passar dos tempos, porém, o amor que era o vínculo e força motriz daqueles encontros, foi dando lugar à tradição automatizada e fria de modo que as últimas gerações desaprenderam o prazer da comunhão e perderam o sentido de missão. Nos últimos anos alguns ainda tentaram manter minhas portas abertas, mas como seu zelo era mais instituicional, inclusive na teimosia de manter uma estrutura que não satisfazia mais as necessidades diferentes de diferentes tempos o fracasso foi inevitável e minhas portas foram fechadas, definitivamente.
Hoje não ouço mais as vozes dos cânticos e da boa exposição da Palavra de Deus. Fui adquirido por uma família para servir-lhe de residência. Por fora preservo a mesma aparência e ainda há sinais em mim do que fui no passado, de modo especial em meu interior, onde escritos e vitrais com temas bíblicos podes ser apreciados.
Entretanto, o salão de cultos foi transformado em uma bela sala de visitas e outros compartimentos adaptados para servir às várias necessidades de uma casa.
No altar de onde grandes pregadores proclamaram o evangelho já não se ouvem orações e nem sermões, mas somente os gemidos e sussuros inexprimíveis das intimidades conjugais, já que foi transformado no quarto do casal, onde repousa uma bela, espaçosa e confortável cama.
Contudo, ainda estou satisfeito, pois minhas paredes tem abrigado uma abençoada família que é, também, um projeto de Deus e, mesmo com todos os eventos de uma família, alegro-me em participar da felicidade deles.
Causa-me pesar, porém, saber que outros templos, especialmente aqui na Europa, foram transformados em mesquitas, discotecas, restaurantes, bares e outros lugares ainda menos recomendáveis.
Preocupa-me, da mesma forma, saber que este fenômeno já chegou aos EUA. Vale à pena lembrar que neste país havia, até recentemente, uma forte e crescente igreja que se expandia e possuía uma grande visão missionária. Esta realidade já começa a se alastrar e ser sentida no Brasil, onde, apesar de todo o vigor do crescimento da igreja, lamento informar, caso não haja mudança significativa: "eu sou vocês, amanhã."
A primeira congregação que ali se reuniu também se alegrou e festejou. Agora eles teriam um lugar aprazível e confortável para, juntos, celebrarem o culto dominical ao Senhor.
Por meu púlpito passaram grandes pregadores e bons pastores. Também passaram outros não tão bons, mas cada um deu sua contribuição na construção de minha história.
Gerações se sucederam em meus bancos. Testemunhei casamentos, batismos, cultos fúnebres e inúmeras celebrações de ações de graças.
Com o passar dos tempos, porém, o amor que era o vínculo e força motriz daqueles encontros, foi dando lugar à tradição automatizada e fria de modo que as últimas gerações desaprenderam o prazer da comunhão e perderam o sentido de missão. Nos últimos anos alguns ainda tentaram manter minhas portas abertas, mas como seu zelo era mais instituicional, inclusive na teimosia de manter uma estrutura que não satisfazia mais as necessidades diferentes de diferentes tempos o fracasso foi inevitável e minhas portas foram fechadas, definitivamente.
Hoje não ouço mais as vozes dos cânticos e da boa exposição da Palavra de Deus. Fui adquirido por uma família para servir-lhe de residência. Por fora preservo a mesma aparência e ainda há sinais em mim do que fui no passado, de modo especial em meu interior, onde escritos e vitrais com temas bíblicos podes ser apreciados.
Entretanto, o salão de cultos foi transformado em uma bela sala de visitas e outros compartimentos adaptados para servir às várias necessidades de uma casa.
No altar de onde grandes pregadores proclamaram o evangelho já não se ouvem orações e nem sermões, mas somente os gemidos e sussuros inexprimíveis das intimidades conjugais, já que foi transformado no quarto do casal, onde repousa uma bela, espaçosa e confortável cama.
Contudo, ainda estou satisfeito, pois minhas paredes tem abrigado uma abençoada família que é, também, um projeto de Deus e, mesmo com todos os eventos de uma família, alegro-me em participar da felicidade deles.
Causa-me pesar, porém, saber que outros templos, especialmente aqui na Europa, foram transformados em mesquitas, discotecas, restaurantes, bares e outros lugares ainda menos recomendáveis.
Preocupa-me, da mesma forma, saber que este fenômeno já chegou aos EUA. Vale à pena lembrar que neste país havia, até recentemente, uma forte e crescente igreja que se expandia e possuía uma grande visão missionária. Esta realidade já começa a se alastrar e ser sentida no Brasil, onde, apesar de todo o vigor do crescimento da igreja, lamento informar, caso não haja mudança significativa: "eu sou vocês, amanhã."
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