É isso mesmo: "concerto"! E quando digo "concerto", estou pensando em duas acepções da palavra. A primeira a que nos remete a um certo tipo de cultura julgada "refinada". Trata-se de eventos culturais que nos enlevam e encantam, provocando sentimentos de deslumbramento diante do belo. Neste sentido o Rio de Janeiro precisa da promoção de eventos culturais mais elevados, que enriqueçam a vida do carioca e que promovam a melhoria de sua autoimagem e autoestima.
Naturalmente, muitos discordarão de mim, mas é senso comum, acredito, que existem determinados eventos culturais em nossa cidade que promovem o que eu chamo de "cultura de morte", pois incentivam o consumo de drogas, consentidas e proibidas, e geram, não poucas vezes, um nível de violência que nos preocupa e intimida. Os bailes funks, dentre outros, são um dos muitos exemplos que poderíamos citar.
O outro modo em que emprego a palavra "concerto" é no sentido de mostrar a necessidade de um pacto, uma aliança, entre os governos federal, estadual e municipal e destes com instituições representativas da sociedade civil, tais como organizações não governamentais e religiosas.
Aliás, este é um excepcional momento para, juntos, trabalharmos por um Rio diferente, livre desta degradação tão grande a que nossa cidade chegou e, até mesmo, de estabelecermos um modelo de mobilização para outras cidades do Brasil e talvez até do mundo.
Sem dúvida, esta volta por cima terá que ter como base a educação. É necessário ocupar espaços preciosos, mas ociosos, como a maioria de nossas igrejas, a fim de promover educação integral à nossas crianças, aulas de reforço escolar, musicalização, alfabetização de adultos, palestras sobre saúde, atividades para a terceira idade, enfim, todo tipo de atividade que possa enriquecer e capacitar a vida de nossa população.
"Juntos somos melhores" e podemos mudar nossa história.
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